Marcas.

Prólogo
Março, 2002

   -Papai... Olha pra mim pai! - Elevei a voz numa tentativa frustrada de acordar de um sonho. - Por favor olha pra mim! Pai! Socorro! Alguém ajuda aqui! - Eu batia em seu rosto, e levava a mão até o seu coração, sem muitas respostas, apenas o vazio desesperador da morte. - John vai buscar ajuda, liga pra emergência, mas corre por favor. Pai olha pra mim! Pai? Papai? NÃO!
   Uma parte de mim morria bem ali, da forma mais fatídica. A outra presenciava um uma imensidão asfixiadora de desespero. Um desespero que nada, nem ninguém poderia aliviar. O sentido das coisas estava ali, morto em meus braços. Mesmo eu sendo só uma criança que nada sabia sobre a vida ou a morte, eu era uma criança apaixonada pelo meu pai, e esse sentimento ninguém tiraria de mim.


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